A craniotomia pré-temporal, consiste em exposição mais ampla do polo temporal seguida da retração posterior e lateral de parte do lobo temporal. Desse modo, o procedimento expõe o lobo temporal, a fim de possibilitar as vias transylviana e laterosubfrontal – típicas da craniotomia pterional – somadas às vias subtemporal e temporopolar para acessar a fossa interpenduncular através de perspectiva lateral, além de permitir acesso a fossa média do crânio e à região do seio cavernoso. Essa craniotomia representa a união das vantagens das outras técnicas (pterional, subtemporal e temporolobar) em somente um procedimento, podendo ser realizada como suas extensões, dependendo das características da lesão e dos alvos anatômicos de interesse. O meningeoma petroclival corresponde a um tipo do tumor na fossa posterior da base do crânio. Quando ele invade a fossa média é chamado de esfenopetroclival. Esses tumores cerebrais causam significativos efeitos compressivos ao deslocar o tronco encefálico e são caracterizados por quadro clínico inespecífico a depender do grau de compressão das estruturas adjacentes. O diagnóstico é feito por exames de imagem – TC contrastada ou RNM – que determinarão a extensão tumoral e o tipo de acesso cirúrgico que deverá ser utilizado. Nesse artigo, relatamos o caso de uma paciente com neuropatia trigeminal causada por meningioma esfenopetroclival refratária ao tratamento clínico. A resolução dos sintomas foi possível pela descompressão do nervo trigêmeo empregando-se a via cirúrgica pré-temporal.
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