Adenomas hipofisários são tumores comuns na região da sela túrcica, geralmente se manifestando a partir da terceira década de vida. Muitos deles são clinicamente não funcionantes, ou seja, não produzem hormônios em quantidade suficiente para causar sintomas específicos. No entanto, podem crescer e comprimir estruturas vizinhas, como o quiasma óptico, resultando em problemas visuais.
Em alguns casos, porém, esses adenomas crescem em direção ao terceiro ventrículo, sem afetar as vias ópticas. São os chamados adenomas retroquiasmáticos. Um caso notável é o de um paciente idoso com um adenoma gigante retroquiasmático não funcionante, que não apresentava alterações visuais.
Nesse caso, a opção terapêutica foi a ressecção endonasal endoscópica parcial do tumor, com acompanhamento posterior para controle da lesão. Este relato de caso destaca a importância de considerar a possibilidade de adenomas retroquiasmáticos em pacientes com massas selares, mesmo na ausência de sintomas visuais, e demonstra a viabilidade da ressecção endoscópica parcial como uma opção de tratamento eficaz e minimamente invasiva.
Adenoma gigante retroquiasmático não funcionante em paciente idoso – “menos é mais”