O que é meningioma cerebral?
O meningioma cerebral é um tumor geralmente benigno que se origina dos meningiócitos da aracnoide, uma das membranas que envolvem o cérebro. Ele é mais comum em pacientes com idade média de 45 anos e tende a afetar mais mulheres do que homens. Os meningiomas compreendem cerca de 25% dos tumores na coluna vertebral e 15% das neoplasias intracranianas. Eles frequentemente se desenvolvem nas áreas onde os nervos cranianos penetram nas meninges, nas áreas entre os dois hemisférios cerebrais, nos seios durais (espaços de drenagem venosa do cérebro), nas convexidades laterais do cérebro e no osso esfenoide. Esses tumores crescem lentamente e, em muitos casos, causam sintomas devido à compressão do tecido circundante, em vez de invasão dos tecidos cerebrais.
Quais os sintomas do meningioma?
Os sintomas do meningioma cerebral variam de acordo com sua localização e tamanho. Os sintomas podem incluir dor de cabeça, fraqueza, perda de sensação, convulsões, distúrbios visuais, comprometimento cognitivo e outras alterações neurológicas. Alguns meningiomas podem ser assintomáticos e não causar desconforto.
Quais as causas do meningioma?
As causas exatas do meningioma não são completamente compreendidas. No entanto, eles se originam a partir das células aracnoides e não têm uma clara associação com fatores de risco específicos, como exposição a substâncias tóxicas ou genética.
Qual o diagnóstico do meningioma?
O diagnóstico do meningioma geralmente envolve exames de imagem, como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) para visualizar o tumor. Uma biópsia pode ser realizada para confirmar o diagnóstico. A histologia geralmente revela a presença de corpos psamomatosos e raras mitoses, mas essas mitoses não indicam necessariamente um comportamento mais agressivo do tumor.
Qual o tratamento para meningioma?
O tratamento de escolha para o meningioma cerebral é a ressecção microcirúrgica total do tumor, que envolve a remoção completa do tumor, incluindo a dura-máter e, quando necessário, o osso. O uso de corticosteroides antes e após a cirurgia pode ajudar a reduzir as complicações. A embolização pré-operatória pode ser considerada em casos selecionados. Alguns meningiomas podem ser assintomáticos e requerem apenas monitoramento. Tumores sintomáticos ou que causam deterioração visual progressiva devem ser abordados cirurgicamente.
Para os meningiomas do seio cavernoso, há um debate sobre o tratamento inicial. A radiocirurgia estereotáxica é sugerida para controlar o crescimento tumoral com baixa morbidade, enquanto a ressecção cirúrgica total é o tratamento ideal, mas pode levar à morbidade dos nervos cranianos nessa área. A decisão sobre quando e como tratar esses tumores é individualizada. A radiocirurgia pode ser usada como tratamento complementar em casos de ressecção parcial ou em tumores anaplásicos.
Para meningiomas clivais e petroclivais, a cirurgia é o tratamento preferido, com o objetivo de remoção total do tumor. A ressecção parcial geralmente não é benéfica. A escolha da abordagem cirúrgica (como a petrosectomia ou a abordagem retrosigmoide) deve ser cuidadosamente planejada.
A quimioterapia não é eficaz no tratamento de meningiomas, mas a radioterapia, especialmente a radiocirurgia, pode ser usada como tratamento adjuvante em casos específicos, como tumores de alto grau ou recidiva tumoral. Cada caso deve ser avaliado por uma equipe multidisciplinar.
Quimioterapia não é efetiva para meningeomas. Em geral, o tratamento radioterápico (no caso a radiocirurgia) é usado principalmente como tratamento adjuvante para tumores ressecados incompletamente, tumores de alto grau ou recidiva tumoral, porém cada caso deve ser analisado por equipe multidisciplinar, podendo ser empregada como tratamento inicial em meningiomas de nervo óptico e tumores “irresecáveis”.