Tumores na base do crânio, como os meningeomas petroclivais, apresentam um desafio cirúrgico considerável devido à sua localização complexa, entre nervos cranianos vitais e o tronco cerebral. A proximidade com essas estruturas aumenta o risco de déficits neurológicos pós-operatórios, tornando a intervenção delicada e exigindo grande expertise do cirurgião.
Embora a maioria dos casos se manifeste com sintomas como perda auditiva unilateral, hemiparesia progressiva ou paresia de nervos cranianos baixos, um caso incomum será apresentado neste relato. Trata-se de um paciente com um volumoso meningeoma petroclival, cujo quadro clínico inicial foi marcado por alterações neuropsiquiátricas, provavelmente devido ao comprometimento da cisterna interpeduncular.
A ressecção do tumor resultou em melhora significativa dos sintomas neuropsiquiátricos, destacando a importância da intervenção cirúrgica, mesmo em casos atípicos. Este relato contribui para a compreensão da complexidade dos tumores da base do crânio e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no diagnóstico e tratamento, visando preservar a função neurológica e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.