O que é um aneurisma cerebral?
Um aneurisma cerebral é uma condição delicada que ocorre quando uma artéria no cérebro se dilata devido ao enfraquecimento de suas paredes. Essa dilatação pode eventualmente levar ao rompimento da artéria, resultando em uma hemorragia localizada. Hipertensão, traumas ou infecções podem estar entre as causas desse enfraquecimento, destacando a importância de um acompanhamento médico adequado para aqueles com histórico familiar da doença.
O desafio com o aneurisma cerebral é que muitas vezes é uma condição silenciosa, sem sintomas evidentes até que esteja em estágios avançados. Isso ressalta a necessidade de exames preventivos regulares, especialmente para aqueles em risco. Quando diagnosticado precocemente, um aneurisma cerebral geralmente apresenta um tamanho de dilatação menor, o que pode permitir tratamento sem a necessidade de cirurgia.
No entanto, quando um aneurisma cerebral atinge um tamanho significativo, com 8 mm ou mais de diâmetro, a intervenção cirúrgica pode ser necessária para evitar complicações graves, como o rompimento da artéria. As opções cirúrgicas incluem a clipagem, onde o aneurisma é fechado com um clipe metálico, ou métodos minimamente invasivos, como a embolização endovascular, onde pequenas bobinas ou dispositivos são inseridos para bloquear o fluxo sanguíneo para o aneurisma.
A decisão de prosseguir com a cirurgia geralmente é tomada em consulta com um neurocirurgião, que avalia a necessidade e viabilidade da intervenção com base em exames de imagem e na condição geral do paciente. Essa etapa coloca nas mãos do paciente a decisão de proceder ou não com o tratamento cirúrgico, considerando os riscos e benefícios envolvidos.
Quais os sintomas de um aneurisma cerebral?
Os sinais de um aneurisma cerebral geralmente permanecem ocultos até que uma artéria se rompa, desencadeando uma dor de cabeça intensa, muitas vezes acompanhada de náuseas, vômitos, desmaios, convulsões e rigidez no pescoço. Mesmo antes do rompimento, o aneurisma pode causar sintomas devido à pressão exercida sobre estruturas vizinhas, como perda de visão devido à compressão do nervo óptico ou paralisia de um nervo, além de dores de cabeça. Às vezes, pode surgir o que é conhecido como “cefaleia sentinela”, episódios súbitos e repetidos de dor de cabeça ao longo de vários dias, indicando uma iminente ruptura que requer cirurgia urgente.
Existem casos em que um aneurisma cerebral permanece estável, sem aumento de sua dilatação, passando despercebido pelo indivíduo. Em outros casos, aneurismas menores, com menos de 8 mm de diâmetro, demandam monitoramento regular. Mesmo que não haja progressão, esses aneurismas podem ser controlados com medicação para pressão arterial, restrição de atividade física e medidas preventivas para evitar um eventual rompimento.
Apesar de muitas vezes ser assintomático, é importante procurar ajuda médica se ocorrerem sintomas como uma dor de cabeça súbita e intensa, alterações repentinas de consciência, rigidez no pescoço, visão dupla ou borrada, dor ocular ou dificuldade de visão, problemas de equilíbrio, fraqueza, sensibilidade à luz, convulsões ou queda da pálpebra.
Como é o diagnóstico do aneurisma cerebral?
O diagnóstico de um aneurisma cerebral pode ser desafiador devido à sua natureza assintomática. Muitas vezes, é descoberto incidentalmente durante exames de imagem do crânio realizados por outras razões, como investigação de alterações de memória, sinusite, enxaqueca, trauma ou infecções. O acompanhamento regular com um neurologista e exames periódicos são fundamentais para um diagnóstico precoce e para reduzir os riscos associados.
Em caso de suspeita de aneurisma, é necessário realizar uma série de exames, incluindo tomografia de crânio, punção lombar e angiografia cerebral, este último sendo considerado o padrão ouro para o diagnóstico. Parentes de primeiro grau de pacientes com histórico de aneurisma cerebral têm maior predisposição para desenvolver a doença e devem ser submetidos a exames específicos.
Como é realizado o tratamento neurocirúrgico para o aneurisma cerebral?
O tratamento de um aneurisma cerebral, como um aneurisma cerebral por MAV, por exemplo, pode envolver cirurgia, seja por clipagem a céu aberto ou por técnicas minimamente invasivas, como a embolização endovascular. A decisão sobre o método de tratamento depende de diversos fatores, incluindo a condição clínica do paciente, a localização e o tamanho do aneurisma. A cirurgia apresenta riscos, mas geralmente é considerada quando os benefícios superam os riscos, especialmente porque o aneurisma apresenta um risco cumulativo de ruptura ao longo do tempo.
Quando a cirurgia não é uma opção viável, o controle rigoroso da pressão arterial, a abstenção do tabagismo e a redução do estresse são essenciais para minimizar os riscos associados ao aneurisma. No entanto, é importante lembrar que o aneurisma cerebral apresenta um risco persistente de complicações graves, e o tratamento precoce é fundamental para reduzir esses riscos e melhorar o prognóstico do paciente.