O tratamento de escolha dos paragangliomas é a ressecção cirúrgica. A topografia anatômica intracraniana mais comum destes tumores é no forâmen jugular, uma área de alta complexidade anatômica, o que torna a cirurgia um grande desafio. Abordagens específicas para a base do crânio e técnicas de reconstrução desta, emprego de técnica microcirúrgica, monitorização neurofisiológica dos nervos pares e estudo detalhado da deglutição visando evitar broncopneumonia aspirativa pós-operatória são essenciais.
Atualmente, radiocirurgia pode ser considerada para tumores pequenos em pacientes assintomáticos ou sem condições cirúrgicas, no entanto, como não se conhece bem o comportamento biológico destes tumores, somente estudos comparativos com longo follow up poderão responder se o não crescimento tumoral deve-se ao efeito da radiação sobre o tumor ou faz parte de sua história natural. Além disso, caso o tumor não responda à radiocirurgia, a ressecção microcirúrgica enfrentará muitas dificuldades.
O ideal é o paciente ser submetido a ressecção microcirúrgica por equipe experiente e multidisciplinar em hospital com estrutura moderna e equipamentos adequados. Nossa conduta tem sido ressecção total do tumor por equipe multidisciplinar (otologista, neurocirurgião, neurofisiologista e cirurgião de cabeça e pescoço), o que tem grande chance de proporcionar a cura do tumor sem qualquer sequela.